Tecnologias para uma boa reciclagem

Ainda durante a programação da manhã no 10º Energiplast, na FIERGS, os participantes puderam conhecer novas tecnologias aliadas ao processo de economia circular. Luciano Coimbra, presidente da Nova Energia, apresentou um case de sucesso na área de tratamento de resíduos orgânicos: um digestor aeróbico biotérmico que realiza a compostagem aeróbica em apenas 24 horas.

Conforme destacou Coimbra, o principal benefício da utilização desse maquinário para a indústria da transformação do plástico é a sua capacidade de diminuir o lixo orgânico que é destinado aos aterros, uma vez que a degradação pode ser realizada já no local de descarte. “Os orgânicos levados ao aterro levam 60 a 90 dias para iniciar a sua degradação natural, gerando chorume, vapores d’agua, metano, c02, vetores patológicos, restando a maior parte dos orgânicos e ainda favorecendo o ataque de ratos. Diferente da compostagem acelerada que gera apenas vapor d’agua e leva 24 horas para ser realizada”, defendeu Coimbra.

De acordo com ele, as máquinas, que são produzidas na China e importadas para o Brasil com um custo inicial de 16 mil dólares, possuem capacidade para realizar o processamento desde 100kg de resíduos orgânicos até dezenas de toneladas, por isso são indicadas tanto para restaurantes de pequeno porte quanto para empresas do ramo agropecuário.

Na sequência, Marcelo Carneiro e Fernando Elias Paixão, sócios da Wefem Equipamentos para Reciclagem apresentaram extrusoras de fabricação 100% nacional criadas para otimizar os processos de reciclagem. Em três anos e meio de atuação, a empresa já possui 19 tipos de extrusoras com capacidade para trabalhar 24 horas por dia e todos os dias do ano. “Para fazer uma boa reciclagem precisa-se de tecnologia, pois o que hoje a maioria das pessoas critica é a baixa qualidade dos produtos reciclados. Sabemos que reciclar o pós-consumo não é tão simples, e é por isso que buscamos desenvolver soluções para melhorar a eficiência das embalagens na hora da reciclagem e encontrar a correta destinação dos produtos reciclados no mercado”, garantiu Paixão.

 

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