Conheça Gustavo Alvarez, palestrante do Energiplast 2019

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Palestrante da 10ª edição do Energiplast, Gustavo Alvarez, CEO da America Tampas, é confiante em relação à capacidade do Brasil conseguir implantar uma economia circular para o plástico. No dia 25 de setembro, na FIERGS, ele apresentará a Rede de Cooperação para o Plástico, uma iniciativa pioneira no Brasil da qual faz parte e que tem buscado unir esforços da indústria para colocar em prática ações que mobilizem a sociedade em prol da cadeia produtiva do plástico.

“Está na hora de encontrar propostas para uma melhor relação entre o plástico e a sociedade, de uma maneira fácil de entender. Vejo que está muito claro hoje em dia que a sociedade está muito além de só criar culpados, ela quer soluções, e o objetivo da Rede está alinhado com isso”, avalia Alvarez, responsável pelo Eixo de Design de Embalagens da Rede de Cooperação para o Plástico.

O projeto une todas as indústrias pelas quais o plástico passa, como petroquímica, de transformação, passando por empresas de bens de consumo, rede de varejo, empresas de gestão de resíduos, cooperativas e chegando até os recicladores. Conforme adiantou Alvarez, a Rede está baseada em dois objetivos: melhorar a reciclabilidade das embalagens – que hoje representa a maior parte do plástico descartado incorretamente – e aumentar a quantidade de material que passa pela reciclagem, para que ele possa virar outro produto e completar a cadeia circular do plástico.

De acordo com o engenheiro químico, para que esses objetivos sejam atingidos, a Rede aposta em propor e incentivar pequenas ações de caráter educativo e social, que possam tomar corpo e se espalhar como ações efetivas de economia circular. “O brasileiro, de maneira geral, tem a cultura de colaborar, e por isso nós temos um grande potencial dentro do país para isso acontecer. Acredito que uma vez que as pessoas entendam o propósito elas irão se engajar, mesmo que isso envolva o plástico, que para alguns setores é visto como um vilão”, garante Alvarez. Como um exemplo de projeto de sucesso de economia criativa, o empresário cita o Projeto Tampinha Legal, do qual a sua empresa, assim como o Sinplast, é mantenedora.

Confira a programação do Energiplast 2019

EnergiplastINSCRIÇÕES

Esta décima edição tem como foco o panorama atual da indústria de reciclagem no Brasil, seus avanços e desafios, com debates sobre novas tecnologias e cases nacionais e internacionais de relevância para a economia circular do plástico.

O plástico está aí, cada vez mais presente e polêmico na vida das pessoas. Com o tema #Plástico: vida e energia, o Energiplast propõe um diálogo aberto com a sociedade, com a academia, com formadores de opinião, com a indústria. Isso porque juntos podemos fazer mais. Proibir não resolve, mas educar sempre!

Veja a programação completa abaixo e participe! 

  • Panorama da indústria do plástico no Brasil (José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico)

 

  • A Economia Circular sob a ótica do Ministério Público (Annelise Steigleder – Promotora de Justiça do Ministério Público Estadual do RS)

 

  • Tecnologias de Reciclagem Mecânica de Plásticos (Marcelo Carneiro – Presidente da Wefem Equipamentos para Reciclagem)

 

  • Sistema de Aproveitamento de Energia Residual para Recuperação de Aterros (André Tchernobilsky, presidente da Zeg Enviromental e Zeg Technologies)

 

  • Evolução/Solução no tratamento de resíduos orgânicos – de 100kg até 5000 kg/dia (Luciano Coimbra – Presidente da Nova Energia)

 

  • Painel Reciclagem na Prática:
  1.    Case Atando Cabos: criando valor por meio da Economia Circular e Redes de Confiança, com Francisco Cruz, CEO e fundador da empresa Atando Cabos (Grupo Comberplast) do Chile;
  2. Case We-cicle (uma atualização), com Renato Di Thommazo, Gerente de Desenvolvimento de Negócios em Reciclagem e Economia Circular da Braskem;
  3. Case Eco-socioambiental de economia circular de filmes de PEBD, com Djalma Azevedo, diretor da Azeplast Indústria de Plástico, de Chapecó (SC).

 

  • Palestra Geração de energia distribuída oriunda do RSU-Fase Orgânica (Tiago Nascimento Silva, Gerente de Operações de Energia da CRVR – Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos, Aterro de Minas do Leão (RS))

 

  • Palestra Rede de Cooperação para o Plástico no Brasil (Gustavo Alvarez – Presidente da América Tampas)

10 anos de oportunidades

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Luiz Henrique Hartmann
Coordenação do Comitê Sinplast de Reciclagem

O mundo mudou, a economia se transformou, a sociedade tem novos (bons/maus) comportamentos, a indústria se reinventa para acompanhar. Talvez você não tenha se dado conta, mas toda essa onda de mudança vem cercada de oportunidades, chances imediatas que colocam cada ser humano a frente de suas próprias decisões.

Neste sentido, questiono aqui a diferença que uma década faz na vida das pessoas. Lembra do recente desafio que viralizou na internet “#10yearschallenge?”. Enquanto pessoas e celebridades mostravam o antes e o agora, marcas aproveitaram para promover seus negócios e o terceiro setor levantou a bandeira de suas antigas lutas. E aí entrou forte o tema do meio ambiente.

Volto então à proposta do jogo de revisitar o passado – 2010 foi o ano em que aconteceu em Porto Alegre a primeira edição do Energiplast – Fórum de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos com Ênfase em Plásticos. Transformar plástico em eletricidade? Dar um novo destino para os resíduos? Analisar os programas de coleta seletiva? Revalorizar? Reciclar? Coprocessar? Sim, já se estudava isso há 10 anos. O evento despertou a curiosidade de especialistas, acadêmicos vieram em busca de conhecimento e empresários corriam atrás de novos negócios. De olhares curiosos surgiram tecnologias para separação de plásticos para reciclagem, modernos sistemas de lavagem do material pós-consumo. Cases reais começaram a ser apresentados e, em meio a tudo isso, foi aprovada a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Concorda agora que as mudanças vêm cercadas de oportunidades? Em 2019, completaremos 10 anos de realização contínua do Energiplast. Comemoraremos esse aniversário com o tema “#Plástico: vida e energia”. Isso porque entendemos que muita coisa evoluiu, mas muito ainda tem a ser conquistado. O plástico está aí, cada vez mais presente e polêmico na vida das pessoas. Então vamos juntos fazer mais? Que estejamos conscientes e preparados. Proibir não resolve, mas educar sempre!

Energiplast 2019 – Inscrições abertas!

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Uma indústria que movimenta bilhões, gera milhares de empregos, produz materiais essenciais para a vida cotidiana, também é considerada como vilã por muitos. Essa relação dicotômica entre economia e meio ambiente, plástico e energia é, há dez anos, pauta do Energiplast. A 10ª edição do evento, que acontecerá no dia 25 de setembro, na FIERGS, convida todos a discutir sobre “Plástico, Vida e Energia”. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas aqui.

Energiplast 2018: o plástico como super-herói

9ª edição do encontro promovido pelo Sinplast contraria as banalidades publicadas diariamente na internet que intitulam o plástico como vilão e comprovam os benefícios do material para o processo de desenvolvimento da sociedade

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O uso dos produtos plásticos e o impacto deles na sociedade e no meio ambiente vêm sendo muito discutido na sociedade atual, principalmente diante de um cenário em que a segunda maior capital brasileira proíbe o uso de canudos plásticos em estabelecimentos alimentícios. Os debates do Energiplast 2018, realizado pelo Sinplast – Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS, trouxe questionamentos e reflexões sobre o comportamento humano no âmbito do descarte dos resíduos sólidos, consumismo exagerado e o olhar no design e desenvolvimento dos produtos.

Indo ao encontro do tema do evento, “Economia Circular: reciclando conceitos, criando atitudes”, o presidente do Sinplast, Edilson Deitos, que deixa o cargo no final do ano, lembrou que é sua última edição na presidência. “Nesses seis anos eu vi de perto a persistência do Sindicato na questão da relevância sobre a reciclagem e a economia circular. Apenas em 2016 o assunto se tornou tema de discussões na sociedade, algo que estamos abordando há nove anos”, exaltou ele, acrescentando que o objetivo do Energiplast é esclarecer que o plástico é uma das maiores invenções do ser humano e, na sua visão, o que está ocorrendo é uma falha da destinação pós consumo. “No nosso planeta não existe jogar fora e sim descartar corretamente”.

O coordenador geral do evento, Luiz Henrique Hartmann, explicou que a economia circular é uma nova maneira de se fazer as coisas na qual não existe a ideia de resíduos. “Até então, desde a Revolução Industrial, os processos eram lineares: se extraía do meio ambiente para fabricação e após se descartava. Isso deve ser alterado para um ciclo constante. Os produtos precisam ser concebidos de uma maneira que eles possam ser reaproveitados e reciclados”, apontou Hartmann, complementando que o conceito da economia circular do plástico é basicamente entender que na concepção do design é fundamental pensar reciclabilidade do produto. “O desfecho de mais um Energiplast foi extremamente positivo, pois além de trazer conhecimento técnico da área, também mostrou que é possível sim praticar o conceito por meio de cases de empresas brasileiras que já estão aplicando o modelo em seus negócios”, enalteceu.

Um dos palestrantes, Bruno Igel, da Wise, pioneira no desenvolvimento e industrialização de peças plásticas de alta performance no Brasil, realçou a importância do plástico por meio de suas características como durabilidade, leveza e resistência. “Muitos esquecem que ele substituiu materiais em diversas indústrias trazendo benefícios para sociedade. Além de gerar melhorias em termos de saúde, medicina, até mesmo no meio ambiente, deixando os carros e aviões mais leves e reduzindo as emissões de carbono”. Isso é tão verdade que no setor automobilístico, por exemplo, os carros tornam-se 30% mais leve com o uso do material, o que gera a redução em 30 milhões de toneladas de emissões de CO2 na atmosfera.

Já Beatriz Luz, consultora da Exchange 4 Change Brasil, plataforma de troca de conhecimento global e consultoria estratégica que visa promover a economia circular, aponta três elementos chaves para que seja possível partir para um novo paradigma: entender os novos modelos de negócios, ter um olhar sistêmico voltado ao design e praticar uma mudança de mindset partindo para a lógica da colaboração. “Não estamos falando de uma era de mudança, mas de uma mudança de era que muda completamente a realidade de negócios”, ressaltou ela, lembrando que nesse contexto é preciso se adaptar e se conscientizar que há novas formas de se relacionar, produzir e de consumir. “Para aumentar a taxa de reciclagem é preciso pensar menos em reciclagem e mais em design de produto, investir em projetos inovadores que gerem valor e aprender a trabalhar com a cultura da colaboração”, exaltou.

Mais de 200 pessoas participaram do encontro lotando o auditório do Centro de Eventos da FIERGS, em Porto Alegre.

Case brasileiro: tecnologia como olhos e cérebro no processo de triagem e seleção

Carina

“Não adianta substituir o plástico se ele continua sendo descartado de forma errada.” Assim Carina Arita, da Tomra Sorting Solutions, abriu a última palestra da edição 2018 do Energiplast, na FIERGS, depois de um dia de compartilhamento de dados, cases e cenários referentes à prática da economia circular do plástico.

Carina apresentou o histórico do Grupo Tomra, norueguês, de capital aberto, voltado ao desenvolvimento de tecnologias, sendo que a operação no Brasil está dirigida para triagem e seleção de resíduos, desde 2011. “Quando chegamos tudo era muito novo, enfrentamos diversos questionamentos. Reciclagem não é viável! Para quem eu vou vender? Como a indústria de reciclagem vai crescer se tem fonte de material instável e dependente de mercado informal?”, explicou a palestrante ao apresentar o case brasileiro da companhia.

A Tomra no Brasil trabalha na recuperação de plásticos utilizando tecnologias de triagem por sensores óticos. “Somos os olhos e o cérebro no processo de triagem e seleção”, destacou Carina sobre o equipamento, de origem alemã, que trabalha na separação ótica com sensores baseados em infravermelho.

“Sustentabilidade é muito mais do que dar destino ao lixo”

heitor

Dando sequência à programação do Energiplast 2018, Heitor Aiquel Campana apresentou ao público a BIO8, uma startup que propõe em seu modelo de negócio a valorização de resíduos sólidos por meio da transferência de tecnologia, conectando geradores, empreendedores e mercados. A cooperativa surgiu em 2017 com o objetivo de trabalhar o problema do desvio dos plásticos que poderiam voltar para reciclagem e, consequentemente, a evasão de recursos. “Colocam o plástico como vilão, enquanto que ele como polímero de engenharia consegue se expandir para além da cadeia”, destacou Campana, mostrando aos participantes exemplos de materiais que podem ser incorporados ao plástico, como o EVA, resíduos do setor de fumo e têxteis e de revestimento automotivo.

Os equipamentos utilizados no processo de beneficiamento, diferentemente de métodos tradicionais, aceitam a mistura de resíduos sólidos diversos. O resíduo é moído e processado no misturador, criando uma massa uniforme e moldável. Após, é prensada em matriz ou injetada, criando novos produtos. A escala é ajustável à necessidade do empreendedor. “Sustentabilidade é muito mais do que dar destino ao lixo, é atender aos aspectos econômicos, ambientais e sociais”, destacou.

É possível praticar a economia circular: cases de reciclagem comprovam a prática no Energiplast 2018

painel

Abrindo a tarde de palestras do Energiplast 2018, o painel “Cases de Reciclagem” levou uma dose de inspiração e motivação para fazer diferente aos participantes do evento. Os profissionais Paulo Francisco da Silva, da Agora Vai Brasil – Soluções Ambientais; Bruno Igel, da Wise; Susana Carvalho, da JBS Ambiental; Moisés Weber, da Plastiweber, e Stephanny Wiggers, da Indústria Santa Luzia apresentaram cases que tiveram o plástico como destaque comprovando que o produto é cada vez mais fundamental na sociedade, assim como sua reciclagem.

“Abram suas mentes”, exaltou Paulo Francisco da Silva no case “A história de uma ‘sobrevida’ de um ‘longa vida’”. Para ele é preciso ter em mente três pontos principais no momento de pensar na longa vida do material plástico: pensar globalmente e agir localmente nas cadeias poliméricas, a química quântica como uma poderosa aliada e a física tradicional como auxílio no processo.

Nesse sentido, Bruno Igel da Wise, falou sobre a “Economia Circular do Plástico: qualidade gera escala,” e é claro em relação ao material: “o plástico por meio de suas características como durabilidade, leveza, resistência, permitiu que o mundo evoluísse tremendamente, seja em termos de saúde, medicina, até mesmo em meio ambiente, deixando os carros mais leves, aviões mais leves e reduzindo as emissões de carbono”. Ele lembrou que quando se compara com outro produto percebe-se que o impacto ambiental do plástico é bastante baixo. “Muitos esquecem que ele substituiu materiais em diversas indústrias trazendo benefícios para sociedade. O problema mesmo está nas embalagens que consumimos e duram pouco”, afirmou, trazendo como case a marca Adidas que pretende vender seus produtos apenas de materiais reciclados.

Outro exemplo é da JBS Ambiental, especializada na gestão de resíduos sólidos gerados pelas plantas do grupo e investe em processos, pesquisa e tecnologia para promover a reciclagem e o descarte sustentável de materiais. “Além de reciclar, transformamos em novos produtos plásticos, ou seja, produzimos novos itens reciclados para o grupo”, explicou Susana Carvalho. Ela acrescenta que a unidade de negócios proporciona uma economia circular quando presta serviço e, ao mesmo tempo, gera receita para cobrir os custos da operação do grupo JBS, na busca pela sustentabilidade financeira. “Tudo que é produto plástico descartado na empresa, fazemos a seleção, lavagem, trituração, aglutinação, extrusão corte e embalagem”, disse ela, exemplificando com um tipo de produto que que faz parte do ciclo fechado do plástico no grupo.

Outro setor ressaltado no painel foi a aplicação de plástico na agricultura, chamado de plasticultura. Moisés Weber falou sobre o agronegócio dentro da economia circular do produto e contou sobre a trajetória da empresa Plastiweber que tem sede na cidade de Feliz, no Rio Grande do Sul. “Éramos pequenos e fomos aprendendo na prática. Hoje somos excelência em embalagens entregando produtos elaborados por um processo completo de economia circular e é isso que agrega valor para o cliente”, afirmou, acrescentando que foram procurados por multinacionais devido o comprometimento com o ambiente e certificação de logística reversa de embalagem plástica. “Entendemos que fazemos embalagens circulares, por isso mudamos nossa marca para Plastiweber Circular Plastics”, enalteceu.

“Quando falamos de economia circular não tem como não pensar em consumo de recursos naturais. Qual é a causa do problema de estar utilizando tanto recurso natural?”, questionou Stephanny, da Santa Luzia. Ela aponta como a maior causa a economia linear. “É um modelo econômico que se estabeleceu desde a Revolução Industrial, que mesmo que trouxe muitas práticas de progressão, também trouxe as consequências de utilizar recursos como se não existisse o amanhã, mas o amanhã já existe há muito tempo”, disse ela, afirmando que é preciso entender que o problema não é o canudo plástico, o problema é quem usa. Em relação ao case, a empresa passou por uma mudança de modelo de negócio se tornando circular. “Hoje a gente recicla o poliestireno, o isopor, que tem um volume extremamente alto e um peso muito baixo, o que complica a logística desse material. “Até 2017, reciclamos 46 mil toneladas, o que corresponde a 152 mil árvores e 550 campos de futebol”, ressaltou, finalizando que os desafios futuros é a melhora contínua dos processos e a questão do design de produtos, buscando sempre matérias primas que sejam recicláveis.

Centro de Análises Ambientais da Fundação PROAMB é apresentado no Energiplast 2018

josé carlos

Uma novidade, em funcionamento há cerca de três meses, foi apresentada nesta 9ª edição do Energiplast, fechando a manhã de programação do evento. Trata-se do Centro de Análises Ambientais da Fundação PROAMB, um moderno laboratório voltado ao atendimento de normas técnicas e de requisitos legais exigidos pela gestão ambiental das empresas.

Localizado em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, o centro contempla quatro laboratórios: Microbiologia, Físico-Química, Instrumental Orgânico e Instrumental Inorgânico. Amostras de águas de consumo humano, águas industriais, águas superficiais, efluentes industriais e poço de monitoramento integram o portfólio do Centro, que elabora comparativos e pareceres. Segundo o palestrante José Carlos Bignetti, os serviços seguem a ISO/IEC 17.025, norma que rege os requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). “Alta tecnologia, qualidade e confiabilidade”, definiu Bignetti sobre a estrutura, destacando que a Fundação PROAMB (www.proamb.com.br) é uma entidade sem fins lucrativos, com investimento permanente em novas tecnologias, novos processos e alternativas para destinação de resíduos.

A 9ª edição do Energiplast tem coordenação geral de Luiz Henrique Hartmann, sendo promovida pelo Comitê Sinplast de Reciclagem, com patrocínio da Braskem e Fundação PROAMB e apoio da FIERGS.

Brasil é referência mundial na destinação ambientalmente correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas

Renata

Na palestra “A logística reversa das embalagens de defensivos agrícolas”, durante a 9ª edição do Energiplast, a coordenadora de Projetos do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), núcleo de inteligência do Sistema Campo Limpo, Renata Nishio, trouxe como case o programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícola, que garante a destinação correta do produto. É o Sistema Campo Limpo que abrange todas as regiões do país. “Temos como base a questão de responsabilidade compartilhada entre agricultores, indústria fabricante, canais de distribuição e poder público, cada um com responsabilidades específicas no fluxo de funcionamento”, explicou, acrescentando que sistema acompanha a evolução da agricultura brasileira e do agronegócio, que tem crescido acima da média de outros setores industriais e de serviços.

Considerando que sem a gestão de resíduos haveria impacto ambiental no sentido de que quando as embalagens são abandonadas no ambiente, ou descartadas inadequadamente, podem contaminar o solo, as águas superficiais e os lençóis freáticos, o Sistema foi indispensável para que o cenário não fosse esse. O programa retira hoje 94% das embalagens plásticas primárias do meio ambiente, colocando o Brasil em primeira posição e o tornando referência mundial na destinação ambientalmente correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas. “Desde o início da operação, em 2002, a iniciativa vem sendo ampliada de forma constante, além de exigir um forte controle para assegurar a destinação ambientalmente correta”, destacou, referindo-se ao Sistema de Informações das Centrais (SIC) que faz a rastreabilidade do processo e fiscaliza a movimentação dos materiais.

Porém, ela ressaltou que, embora os resultados sejam muito positivos, também há grandes desafios como em qualquer setor de resíduos. “Dependemos muito da logística, por exemplo, e o custo do frete é um obstáculo, pois pagamos também pelo frete de retorno do transporte das embalagens vazias”, explicou Renata. O Sistema Campo Limpo é uma instituição sem fins lucrativos formada por mais de 100 empresas e nove entidades representativas da indústria do setor, distribuidores e agricultores.