“A sustentabilidade está saindo da retórica e entrando nas veias das pessoas”

Aberta oficialmente a 10ª edição do Energiplast

Sustentabilidade e integração entre os setores públicos, privados e sociedade foram os termos que marcaram a abertura da 10ª edição do Energiplast, na manhã desta quarta-feira (25), na FIERGS. “A sustentabilidade está sendo discutida em todos os fóruns mundiais e vemos que o tema está saindo da retórica e entrando nas veias das pessoas. As novas gerações já não aceitam que as ações não sejam sustentáveis”, afirmou o coordenador do Comitê Sinplast de Reciclagem e coordenador geral do Energiplast, Luiz Henrique Hartmann.

Com a temática #Plástico: vida e energia, o fórum reuniu representantes do governo, indústria, academia e sociedade para um diálogo aberto sobre alternativas para a economia circular do plástico. Para o presidente do Sinplast, Gerson Haas, chegar à 10º edição do fórum representa o emprenho do Sindicato no segmento da reciclagem. “Não esmorecemos na nossa pregação de que o plástico é a solução, e os Programas Tampinha Legal, Copinho Legal, Canudinho Legal e Sacolinha Legal bem o comprovam. O segmento da reciclagem oferece uma imensa gama de oportunidades ao empreendedorismo em função dos recicláveis disponíveis”, defendeu Haas.

Presente no painel de abertura, o gerente de Relações Institucionais da Braskem João Ruy Freire mencionou que o evento já está gerando frutos em forma de tecnologias e alternativas para solucionar a questão do descarte dos resíduos sólidos. De acordo com ele, a integração entre setor público, privado e sociedade é o ponto chave para o sucesso da economia circular. “É uma maratona que temos que percorrer e ela precisa de apoio, de infraestrutura, políticas públicas, mas não que proíbam o uso do plástico e sim que tratem de regulamentação. Assim como precisamos de tecnologias, e nesse sentido a academia precisa colaborar, e também de financiamentos. Mas mais do que tudo, necessitamos entender qual é o mercado da economia circular – e é aí que a sociedade se insere”, destacou Freire.

Representando o presidente da FIERGS, Gilberto Petry, o diretor da entidade Edilson Deitos – que também foi presidente do Sinplast-RS nos últimos seis anos – reforçou sobre a necessidade da valorização do plástico pós-consumo, principalmente nesse momento em que a economia circular está em debate. “Erramos em não ter lançado o plástico com uma bula, assim como os remédios que têm seus benefícios, mas também suas contraindicações. Precisamos mostrar que o plástico pós-consumo tem valor e que pode também fazer o bem”, reforçou Deitos.

Ao salientar que o plástico hoje é um dos produtos com maior aderência pela maior parte dos setores da economia, o presidente da Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico, José Ricardo Roriz Coelho, ressaltou sobre a necessidade de trabalhar o conceito da economia circular juntamente com temáticas como cidades inteligentes, mudanças no comportamento, novas tecnologias, manufatura aditiva. “Eu gosto muito dessa pressão da sociedade para que tenhamos cada vez mais um produto amigável, que traga benefícios. O plástico é, sem dúvida, a matéria-prima mais aderente ao dia a dia da economia. Além de estar entre os cinco maiores setores e dos benefícios que traz para a sociedade, a indústria de transformados plásticos também é uma das cinco que pagam os melhores salários”, afirmou Roriz.

Como representante da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado do Rio Grande do Sul – Sema, o secretário adjunto, Paulo Roberto Dias Pereira destacou que o governo está de portas abertas para receber, analisar e regulamentar iniciativas como as que surgem de fóruns como o Energiplast. “O conceito que está por trás da nossa secretaria foi pensado também nessa sinergia de economia circular. Temos quase um lema: transformar, evoluir, desenvolver para proteger. Se não fecharmos esse circuito não vamos avançar”, finalizou.

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